Viajar para destino com malária – Visitar um país com um alto risco de transmissão de Malária exige precauções extras. É importante que estejamos cientes que a Malária é uma doença muito grave e que, quando não detectada de forma precoce, pode ser fatal. Por isso, a melhor forma de lidarmos com essa doença é nos prevenindo e precavendo de todas as formas possíveis.
O que vocês sabem sobre a Malária? No post de hoje, falarei um pouquinho sobre essa doença, sua prevenção, medicamentos existentes e sobre uma experiência pessoal de viagem para destino em zona de risco (pois a decisão de prevenir ou remediar vai de você e do país que vai visitar… Vai de você julgar necessário ou não o uso de um medicamento antimalárico ANTES da viagem. Pois não existe VACINA).
O risco de malária varia muito de país para país, de região para região, e até entre as estações do ano, sendo mais elevado em épocas de chuva.
O tipo de parasita e resistência à medicação também variam. No entanto, independentemente do grau de risco de contração da doença, é importante que os viajantes tomem as devidas precauções.
Prevenir a picada de mosquitos
Antes de viajar é importante munir-se de um medicamento antimalárico ou antipalúdico, como o Malarone.
- Use repelente de insetos sempre que possível. Use na pele exposta e nas roupas também. O mais eficaz é o repelente à base de dietiltoluamida (DEET). É importante reaplicá-lo a cada 3 horas (no caso de concentração de 20%), 6 horas (concentração de 30%) ou 12 horas (50% de DEET). Atenção! O repelente deve ser aplicado DEPOIS do filtro solar.
- Use redes mosquiteiras impregnadas com inseticida, especialmente se dormir ao ar livre ou em quartos que tenham sido expostos ao exterior. As redes devem ser compridas de forma a cair no chão, ao redor da cama.
- Use roupas que protejam todas as áreas do corpo, com mangas compridas, calças compridas, roupas soltas, e sempre use meias (sei que às vezes pode estar calor… Mas tente!!!). Pulverize as roupas com permetrina (presente em inseticidas e repelentes) para reduzir o risco de mordida através da roupa.
- Prefira quartos com ar-condicionado, pois assim, com uma diminuição da temperatura, diminui o risco de mordida de mosquitos. Tenha as portas e janelas do quarto fechadas para impedir a entrada dos insetos. Antes do anoitecer pulverize o local com inseticida. Muitos hotéis em zonas de risco fazem esse serviço de pulverização dos quartos.
Antimaláricos
Não existe vacina para a Malária. Por isso, para ajudar na prevenção da malária há muitos médicos que defendem o uso de medicação antipalúdica ou antimalárica. A medicação varia de acordo com o país que visitar, pois o tipo de parasita varia, além de que alguns países já criaram resistência a certa medicação usada.
Os medicamentos antimaláricos dependem também de outros fatores, como:
- Problemas de saúde prévios
- Medicação usada
- Duração da estadia
- Problemas preexistentes com medicação antipalúdica
Entre os medicamentos mais usados encontramos a doxiciclina, o Malarone (atovaquona + proguanil), mefloquina e atovaquona.
Geralmente, indica-se iniciar o uso da medicação uma semana antes de viajar, mas você pode começar o tratamento antes. Mas… Em todo caso, é importante consultar um médico para saber qual medicamento utilizar, se você pode mesmo utilizar e qual é o a melhor forma de fazê-lo.
Na maior parte dos casos, deve-se continuar o uso da medicação durante a viagem e depois de voltar ao seu país. Geralmente o tratamento tem uma duração de 4 semanas.
Esses medicamentos poderão ter alguns efeitos colaterais, como diarreia e náuseas.
No caso particular da doxiciclina, este torna a pele mais sensível aos efeitos nocivos dos raios solares, e por isso exige um filtro folar de fator elevado.
Diagnóstico
No caso de suspeita de contágio da malária, é fundamental que procure os serviços médicos urgentemente. As formas mais graves da doença podem evoluir para um risco de morte elevado em apenas 24 horas. Isso ocorre entre 6 e 30 dias depois da exposição.
Entre os sintomas mais comuns se destacam:
- Febre
- Transpiração
- Tremores
- Dores musculares
- Dor de cabeça
- Vômitos
Quando viajei para a África do Sul (região do Kruger – safári) e para a Tanzânia (Zanzibar e safári na Cratera de Ngorongoro e no Serengeti), acabei não tomando a medicação antimalárica antes de viajar, pois fomos em uma época mais fria e com pouca chuva… Conversando com pessoas de lá e com um médico próximo, julgamos que era um caso com baixa probabilidade de contágio, mesmo sendo uma “zona de risco”, e que seria melhor “cuidar da doença” DEPOIS, caso eu fosse picada. Mas óbvio que tomei tooooodo o cuidado do mundo com repelentes, roupas de manga e camas com mosquiteiro.
Mais uma vez, digo pra você falar com um médico e se informar MUITO bem antes da viagem. Se for viajar para um destino com muitos casos, talvez valha mesmo a pena tomar a medicação sim, independente dos efeitos colaterais, já que se trata de uma doença grave! 🙂
Fontes:
- Tratamentos Antimaláricos e Prevenção Malária – euroClinix Brasil
- Prevenção de Malária – Patient Info
- Malária – Ministério da Saúde
*** CONSULTE UM MÉDICO ANTES DE TOMAR QUALQUER MEDICAMENTO ***