Como se proteger do Zika Virus em viagens e os melhores repelentes.
Sempre falo de coisas boas aqui no blog, mas hoje é dia de falar sobre essa “zica” (literalmente) que está tomando conta do nosso continente. Muitas pessoas me mandaram email questionando o número de casos de Zika vírus em países da América que pretendem visitar em breve, e se eu sei se é arriscado ou não ir para esses destinos.
Sinceramente, não sou a pessoa certa para dizer um “vá ou não vá”, né?! 😉 Não sou médica, nem uma especialista no assunto. De qualquer forma, minha dica é: SE PROTEJA, viajando ou não (seja você homem ou mulher, grávidas, não-grávidas… Afinal, de doença – qualquer doença – eu quero é passar longe!).
Para falar desse assunto tão delicado e cheio de informações contraditórias, convidei a Dra. Giovana Moraes, dermatologista. Se ainda tiverem dúvidas, por favor, deixe no espaço para comentários no final do post. Eu e a Dra. Giovana Moraes, tentaremos responder tudo o quanto antes!
Deixo agora a palavra com ela.
O crescente aumento do número de pessoas infectadas pelo Zika vírus vem alarmando a população, principalmente as grávidas. E essa época de Carnaval é propícia e mais perigosa, pois saímos muito nas ruas, praias, ao ar livre etc.
A principal preocupação das futuras mamães é, sem sombra de dúvidas, os casos de microcefalia e também as outras síndromes neurológicas que estão relacionadas com o vírus como a de Guillain-Barré.
A transmissão do Zika se dá através da picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Também há indícios de que fluidos corporais, como o sêmen, o sangue e o próprio leite materno também possam propagar o vírus.
A principal dúvida das mulheres grávidas é O QUE FAZER para se proteger da doença.
As grávidas e o restante da população, inclusive as crianças, devem se proteger da mesma forma que já faziam no caso da dengue:
- Utilizando roupas para proteger a pele (roupas claras ofuscam a presença do mosquito, por brilharem muito, e favorecem a visualização do inseto). Evitando também muito perfume e hidratantes perfumados pois chamam o mosquito.
- Evitando a picada do inseto, lembrando que o mosquito põe seus ovos em lugares com água parada (daí a importância de se combater os focos do mosquito, limpando a casa e a vizinhança e retirando objetos que possam favorecer o acúmulo de água).
- Aplicando repelente nas áreas expostas.
A outra dúvida comum é sobre QUAIS os repelentes as grávidas e as crianças podem usar:
- IR3535
O uso tópico de repelentes a base de Ethyl butylacetylaminopropionate (EBAAP) é tido como seguro para gestantes, sendo indicado, inclusive, para crianças de 6 meses a 2 anos, mediante orientação de um médico. A duração da ação dos repelentes que usam esse princípio ativo, como a loção antimosquito Johnson’s, entretanto, é curta e precisa ser reaplicado a cada 2 horas.
- DEET
As grávidas podem usar repelentes que contenham o DEET (dietiltoluamida), com concentração entre 10% e 50%. Importante: Já as crianças de 6 meses a 2 anos NÃO podem usá-los. Lembrando que crianças até 6 meses NÃO devem usar nenhum repelente, apenas proteções físicas como roupas e mosqueteiros! As crianças de 2 a 12 anos podem usar o DEET, mas não devem usar repelentes com concentração de DEET superior a 10%.
O tempo de ação destes repelentes é de cerca de 6 horas.
São alguns deles: OFF!, Repelex e Autan.
- ICARIDINA
Os repelentes que contêm icaridina também estão liberados para gestantes e para crianças acima de 2 anos. Por oferecer o período de ação mais prolongado (10 horas), estes repelentes, como o produto Exposis, estão sendo os mais procurados por adultos e gestantes (está muito difícil encontrar nas farmácias viu gente! Virou artigo de ouro em São Paulo!).
Há também opções de repelentes naturais, como a citronela e a andiroba, que não têm contraindicações, mas não possuem eficácia comprovada.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda os seguintes cuidados ao se fazer uso dos repelentes:
- Evitar aplicação nas mãos das crianças, por poderem levá-las a boca;
- Aplicar na pele por cima das roupas, nunca por baixo;
- O repelente deve ser aplicado 15 minutos após o uso de filtros solares, maquiagem e hidratante, sendo sempre o ultimo;
- Não aplicar o produto próximo aos olhos, nariz ou boca e genitais;
- Sempre lavar as mãos após aplicar o produto;
- Usar o produto no máximo três vezes ao dia;
- Em caso de suspeita de qualquer reação adversa ou intoxicação, lavar a área exposta e, se necessário, procurar o serviço médico e levar a embalagem do repelente.
Gostaria agora de compartilhar aqui no final uma tabela dos sintomas da dengue, zika e chikungunya, que poderão ajudar muito no diagnóstico das doenças. É claro que ao menor sinal de algum desses sintomas devemos procurar um serviço de saúde, principalmente no caso de grávidas, mães que estão amamentando e crianças.
Espero ter ajudado vocês um pouquinho com essas informações.
E um bom Carnaval e uma boa viagem!! Com muita folia, filtro solar e REPELENTE!!!!
Beijos da Dra. Giovana Moraes.
Obrigada, Gi, pelas dicas valiosas! Acompanhe todas as novidades da Dra. Giovana pelo instagram @dragiovanamoraes. Para marcar uma consulta na EGO Clínica, ligue para (11) 2619-4001.
Beijos, Lala Rebelo
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Leia também um outro post da minha irmã Dra. Giovana, com dicas para arrumar a sua nécessaire de verão. Clique aqui.